quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dilúculo

Deve ser três e pouco da manhã e eu ainda não dormi, embora esteja em minha cama desde a uma e meia. Está um friozinho bom, estava assistindo à SBT pela minha Philips tubo de quatorze polegadas aqui no quarto. Um pouco alternativo para quem também tem um abajur em formato de dado gigante da Imaginarium, mas comprado de segunda mão.

O que me inspirou a escrever foram as luzes que vejo ali de fora. Esqueci como é bonito e gostoso olhar ali para a serra que parece não existir por conta da noite. Esqueci o quanto é bom você não ter no que ou em quem pensar. Estes são alguns detalhes que às vezes a gente deixa passar por não ser nossa prioridade diante das obrigações da vida adulta.

Para não mentir, neste exato momento estou pensando em alguém e ouvindo Cold Play. Não sei qual o título da música. Nunca sei ao certo os nomes das músicas que ouço e sempre reconheço uma banda pelas canções através do som da bateria, ou pelas distorções peculiares da guitarra ou, em último caso, o baixo marcante. Claro, tem umas vozes que são inesquecíveis e muito admiráveis.

Voltei a olhar ali para fora, mas meu novo ponto de visão só me dá a possibilidade de enxergar o poste de luz e sua lâmpada de mercúrio ligada iluminando as cinco linhas de fios elétricos, o segundo andar de um sobrado gigante com uma janela acesa e algo mais escuro ao fundo que eu suponho ser a silhueta de parte da Serra da Mantiqueira. Bem bonito.

Estou com a Àgatha Christie ao meu lado. Vou lê-la e, quem sabe, dormir.

(Uma pausa)

São dez da manhã e eu estou ainda acordada e, homeopaticamente, deitando junto da minha mãe.

Um comentário:

Endiara Cruz disse...

Você, lendo meus livrinhos da Aghata Christie!!

Sinto muitos toques da mamis nos seus posts, irbã!

Te amo!