segunda-feira, 25 de junho de 2007

Trocamos de Canal

Fizemos o encontro da MÃO. Agora você deve estar se perguntando: "Nossa! Será um ritual satânico?" Não! O que esta explicação tem de simples ela tem de insignificante. Bom, sua simbologia é bem mais interessante!

Marquei com todo mundo às 15h, porém o primeiro a chegar foi o Mindú (Pedro), às 15h26. Ficamos lá no escritório conversando sobre a faculdade, trocando novidades, e quando o assunto realmente acabou, começamos a contar piadas de Humor Negro (especialidade dele!). Às 16h35 chegou o Neto. E às 17h39 chegou a Letícia e a Jack.

Percebi que por mais que a gente cresça, quando nos encontramos voltamos a ser criança. Quando saímos subimos em árvores, fazemos vídeos bobos, dançamos no coreto do bosque. Ontem, por exemplo, depois de termos um papo bem cabeça, fizemos um movimento retrógrado. Sim! Sofremos um processo de regressão!














Fizemos cachorro quente e o Mindú e eu apostamos quem terminaria primeiro, até que a Letícia disse: "Ih, o Mindú já venceu por W.O." É, devo admitir que o comentário foi verídico, eu mastigo zilhões de vezes a mesma coisa. Brincamos de batata quente com uma bolinha amarela. Brincamos de Escravos de Jó com os celulares.

Hoje estava conversando com a Jack no MSN e ela me disse uma coisa que é verdade: "qdo agente tá junto, parece que agente vira um pouco criança denovo, é bom... dá pra esquecer um pouco a vida real". Bem já dizia Humberto Gessinger: "Ah vida real, como é que eu troco de canal?" E trocamos!

O mais engraçado foi quando terminamos nossas brincadeiras e vimos três crianças de 7, 8 e 9 anos olhando para a nossa cara, perplexos! Um tanto contraditório, mas visando que as crianças de hoje em dia já nascem, praticamente, sabendo, não nos deixou pasmos a perplexidade no olhar daqueles inocentezinhos.

24 de Junho

"A tia quer que você vá lá na casa dela pegar seu presente."
"Por quê?"
"Porque ela quer te dar um abraço."
"E por que ela não pode vir aqui em casa?"
"Porque ela vai sair às 15h30 e é para você passar lá."
"Mais um motivo para ela passar em casa. Ela vem, trás o presente, me dá um abraço e sai."
"Não, mas ela pedir para que você vá na casa dela."
"Tudo bem, eu vou, espera só um minuto."

Alguns minutos mais tarde...

"A tia acabou de ligar. Ela já está saindo."
"E..."
"A gente pode voltar para casa."
"Como assim?"
"Vamos!"
"Vamos por aqui, é mais perto."
"Não, vamos por aqui, é melhor."
"Meu Deus, quanto stress, você viu?! Bom, continua falando..."
"Blá blá blá"
"Oi, Cal!"
"De quem é aquela bicicleta? A tia está aqui em casa?"
"É... Não... Venha aqui!"
"PARABÉNS, PRA VOCÊ! NESTA DATA QUERIDA! MUITAS FELICIDADES! MUITOS ANOS DE VIDA!"

sábado, 23 de junho de 2007

É do careca que elas gostam mais...

O que salva o SBT são suas parcerias, tais como a Disney, Warner Brothers, MGM e Televisa. O que não deixa de ser contraditório, isto é, se as siglas SBT significam Sistema "Brasileiro" de Televisão, de brasileiro é que as produções do Sir Abravanel não tem.

Hoje, sem muito o que fazer, deitei alí no sofá da minha humildezinha sala, quando, assistindo TV, vi a chamada do Domingo Legal da próxima semana: "E vejam também os melhores momentos da turma do Pânico na TV aprontando no Domingo Legal!". POR QUE??? Oh! Não pude deixar de sair do aconchegante sofá para sofrer calafrios numa simples cadeira giratória cinza. O que o Patrão não faz por uns ibopes a mais, heim?!

Afinal de contas, quem não se lembra do perrengue que o Senhor Augusto Liberato teve de passar após o escândalo ao exibir uma entrevista com dois supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital? É, o homem do Pintinho Amarelinho recebeu como prêmio de consolação uma semana de folga obrigatória, tadinho!

E quem já assistiu aquele programa "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos"? Não o condenaria por não tê-lo assistido. Não, o programa não era ruim, mas também não era bom. Na realidade, jamais poderia ter uma opinião formada sobre ele pelo fato de nunca ter passado na SBT, apesar de ter sido tão insistente nos anúncios em 2002.

Não podemos deixar para trás o episódio de 2003, quando Silvio Santos declarou estar doente e com poucos dias de vida, o levando a vender a emissora à Televisa. Depois o Mr. Abravanel voltou atrás declarando aquilo "como brincadeira à jornalista"... Oh, céus! Até que usufruir do talento do Pânico na TV não é me deixa tão perplexa. Só me deixa mais convicta sobre a veracidade da esperteza do bom velhinho.

Pelo visto não é de hoje que a emissora anseia pelo pico dos picos! Entretanto na década de 80 se conteve com o segundo lugar. A evidência disso foi o slogan "Líder Absoluto da Vice-Liderança"...


sexta-feira, 22 de junho de 2007

Nonsense...

Era uma vez, um pobre garotinho com seus 9 anos, que estava numa estrada distante, cabisbaixo, chutando pedrinhas na rua. Ao longe uma adorável velhinha com seus 81 anos, que estava numa estrada distante, alegre, saltidando pelo asfalto avistou o pobre garotinho e perguntou a ele o que havia acontecido para ele estar com aquele semblante triste, quando então então ele a olhou no fundo dos olhos e começou a chorar.

- "Vem, vamos à minha casa, vou te dar uma palavra."
- "Vamos sim."
- "Dê-me sua mão."
- "Quer tomar alguma coisa? Um cafézinho? Um chá?"
- "Não, obrigado!"
- "Sente-se, leia essa mensagem."
- "Muito bonita! Pode ficar comigo?"
- "É seu, meu anjo!"
- "Muito obrigado!"
- "Tem certeza que não quer tomar nada?"
- "Sim"
- "Nem um suquinho?"
- "Tudo bem, aceito o suco."
- "Hum... aqui só tem suco de cajú, eu não sei se..."
- "Pode ser de cajú mesmo."
- "Hum... te darei num capo de cristal, porque você merece as melhores coisas!"
- "Obrigado!"
- "Tome."
- "Pronto"
- "Você quer um lenço?"
- "Sim."
- "Pode ficar com todos esses, são seus!"
- "Obrigado."
- "Bom, gostei de você ter confiado em mim, mas olhe, nunca mais faça isso, viu?! Hoje em dia não se pode confiar em ninguém. Vá com Deus!"

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Querido Diário...

"... ontem eu me senti tão inglesa quanto os cidadãos londrinos. Sim, a cerração estava imensa, e tudo estava lindo!
Logo que meu namorado saiu de casa eu entrei, fui fazer miojo, quando me deparei com algumas louças sujas e entre elas, todo os garfos de cabo azul estavam lá no meio de toda aquela louça suja, dentro de pratos com resíduos de comida do almoço ou dentro de canecões de ferver água. O miojo estava pronto, e quando fui comer, em vez de pegar aquele garfo de cabo branco eu resolvi enfrentar a água fria e lavar um garfo de cabo azul. Não, não fiz isso para economizar a louça, mas porque o garfo de cabo branco que eu supostamente pegaria, não combinaria com a colher de cabo azul que eu já tinha preparado para eu tomar aquele caldo. Maldita mania de simetria!
Ai, Diário! Sabe quando você está perto de alguém que conheceu há tão pouco tempo, mas sente como se já tivesse nascido ao lado dela? Sinto isso quando estou ao lado do meu namorado. Não te contei? Sim, estou namorando. E a nossa relação está muito boa, eu estou feliz, ele também, enfim, nós estamos bem e tudo está tranqüilo como nós gostariamos que fosse.
Agora a pouco acabei de mandar um e-mail para a Jack. Ela vai vir para cá nas férias, que bom! Estou morrendo de saudade dela e de toda a MÃO.
Caraca, Diário! Esses tempos eu tenho estado meio down, eu quero fazer tanta coisa, mas ao mesmo tempo não quero fazer nada e ficar alí naquele quarto cor-de-rosa. O que? Você não está sabendo? Tudo bem, eu te explico, sem problemas. Eu mudei de casa há 5 anos, dessa vez está tudo certo, e meu quarto é rosa, e mesmo eu não gostando nem um pouco dessa, até que eu gostei do design. Geralmente eu durmo alí na sala, minha cama tem andado meio bagunçada, nunca liguei para tanta organização, na verdade me acostumei dessa forma e tenho que parar, porque sempre tive um sonho de morar sozinha e minha mãe já me disse que se eu continuar com toda essa irresponsabilidade perante minhas organizações eu nunca conseguiria morar sozinha. Mas ainda concordo comigo mesma quando penso que para morar sozinha não se precisa saber arrumar a casa e lavar louça, mas ter dinheiro para pagar contas e para econimizar, e pelo menos saber se virar na cozinha. Tudo bem, pelo menos sei que ficarei mais 4 anos aqui em casa. Se eu tivesse me empenhado mais no cursinho, estaria em Presidente Prudente, São Carlos ou até mesmo em Campinas, fazendo o que mais sei fazer. Não, não é hora de se arrepender, e como ainda não inventaram uma Time Machine, vamos levando as coisas como elas estão e sem ressentimentos.
Ai, Diário! Faz muito tempo que eu não escrevo em você. Se não sabia até agora que eu tinha me mudado, não deve estar sabendo que agora estou fazendo faculdade, né?! Sim, estou fazendo Moda, porém com o pé direito em Publicidade e o esquerdo em Arquitetura. Meu Deus! Já estou com 18 anos e prestes a fazer 19... Estou ficando velha. Eu lembro da minha nostalgia dos 17 anos, quando pensava que fazendo 18, eu estaria próxima dos 20, que está próximo dos 30, que está próximo dos 40, que está próximo dos 50, que está próximo dos 60, que está próximo dos 70, que está próximo dos 80... Urgh! Odiava esta época.
Diário, eu tenho tanta coisa para te contar. Nesses últimos 9 anos tudo mudou. Ah! Lembra da Letícia? Sim, ainda sou amiga dela e ela está bem, está fazendo faculdade na Metodista de Relações Públicas. Eu lembro direitinho das minhas discussões com a Lê na 4ª série. Que coisa feia!
Eu conheci muita gente, fiz, além da Letícia, mais 3 melhores amigos, dos quais nunca me esquecerei, Jack, Neto e Mindú.
Está certo que eu tenho muitas novidades, mas estas são as principais que eu gostaria que soubesse, afinal, você é meu confidente e eu precisava falar. Te adoro!"


Velhos tempos que coisas simples aconteciam e lá ía a mocinha escrever em seu diário de folhas rosa-bebê, verde-água, azul céu, lilás e amarelo-pus. Eu lembro quando eu sempre ganhava Diários nos meus aniversários e achava o máximo! Tinha até cadeado. E mesmo que essas coisas não fossem tão seguras, eu contava cada coisa... Ah, ainda tenho saudade de quando escrevia em meus Diários. Todas as vezes que eu estava triste, feliz, com raiva, me sentindo inútil ou para escrever cartinhas de amor para aquele menininho que nem sabia que eu existia e até mesmo para contar algum mico bobo, tudo ficava registrado lá naquelas folhinhas temáticas. E mesmo com toda essa tecnologia com senhas eu ainda prefiro o desconfiante caderno. Eu adorava ficar na frente das lojas vendo aqueles diários nas vitrinas, agora as menininhas param nas mesmas lojas para ver o novo lap-top da Xuxa que acabou de sair da fábrica. É triste!

Lembro que a coisa mais interessante para as pessoas era pegar um diário alheio de lê-lo escondido do dono, inclusive eu tinha uma amiga que escrevia e depois rasgava todos os papéis. Estranha! Agora as pessoas estudam para serem hackers e descobrirem a vida e senha de uma vítima inocente, quando antigamente não se precisava de tantas técnicas para se abrir um simples Diário.