quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Cocaíne-Glude. It's nice!

Lembro dos meus tempos de escola em que não sabia das muitas regras do inglês e possuía um vocabulário bastante escasso. Meus trabalhos eram todos feitos a base de traduções baratas. Para ser mais direta, usufruía do bom e velho Ctrl+C/Ctrl+V. Enfim, o tempo passou, e como eu gostava da língua inglesa, decidi me dedicar. Mas como? Com tantas contas para pagar, meu pai não tinha dinheiro o bastante para me pagar um curso de inglês.



Um belo dia, meu pai veio para cima de mim todo feliz! "Cal, olha só o que eu comprei pela internet!" De repente ele me apareceu com um curso de inglês superinteressante! Tá certo, no começo não achei tão legal assim, afinal de contas, estudar sozinha parecia meio chato. PORÉM, eu pensei que se eu não tentasse, nunca que iria conseguir. Tentei, consegui e agora não me considero uma fluente na língua, mas consegui chegar no intermediário por conta do curso que fiz SOZINHA!



Mas voltando aos velhos tempos... Tradutor on-line é uma coisa engraçada, né?! Tenho ainda na memória meus sacrifícios em ficar horas e horas procurando os malditos he/she e apagá-los com muita raiva. Sem falar nas frases sem nexo que saíam daquilo lá.




Para finalizar, gostaria de confessar que sempre que aparece uma brechinha eu ainda tenho a audácia de usar um pouco da ignorância de um bom Tradutor On-Line para fazer certas coisas, afinal de contas, um dos pecados capitais que mais me atiçam é o da PREGUIÇA! E agora mesmo estava eu a traduzir uma música meio trash que fiz hoje à noite sem um propósito, apenas pelo prazer de escrever mesmo, e no final de uma frase tinha a palavra "Coca-Cola". Quando eu li a tradução eu fiquei pasma! Vocês acreditam que o maldito traduziu: Cocaíne-Glude? Oh, ceús!




Mas vale lembrar que atualmente, mesmo que eu use tradutor algumas vezes, eu adapto o texto conforme a concordância, ÓBVIO!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Um Pouco de Censo Não Faz Mal

- Oi.
- Oi.
- É, eu preciso falar uma coisa, mas eu não sei como explicar.
- Hum...
- É... Ai! Como é que fala mesmo?
- O que você quer?
- Sabe, é...


E assim, esse troço que até poderia ser considerado um diálogo, continuou durante poucos munitos. Seria cômico se não fosse trágico, pois se querem saber, toda aquela hesitação em falar provinha de uma pessoa convocada ao Censo.




Os Prefeitos e Governadores dependem, e muito, dos censos para que possam cumprir suas políticas. Logo, o Censo tem como objetivo participar diretamente com a tomada de decisões de investimentos nos municípios e estados. Eles apontam também, as localidades das quais necessitam de programas de auxílio ao crescimento econômico e desenvolvimento social.


Entretanto, não querendo generalizar, suponho eu, que algumas pessoas não têm instrução o bastante para ter tamanha responsabilidade, mesmo porque, até um tempo atrás eu achava que não havia nexo uma pessoa com um coletinho invadir sua privacidade com umas perguntas incabíveis, como por exemplo: "Quantas geladeiras você possui?" Talvez no site do você possa ter uma idéia do por quê dessas perguntas que, aparentemente, são inúteis!


E como uma sutil conclusão, penso que deveria ter mais senso ao Censo.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pedaaaaaala Cidadão!




Neste último sábado, dia 22, ocorreu o Dia Mundial Sem Carro. Eu e meu namorado combinamos de fazer um pique-nique no Bosque. Eu, como não tenho habilitação alguma, fui encontrar com meu namorado no supermercado, fui à pé. Percebi, pelos 20 minutos que andei, que nas ruas da minha cidade não tinham tantos carros como num sábado qualquer, logo também não havia muitas pessoas. Provavelmente os sedentários e irritados motoristas estavam só aguardando ansiosamente o dia seguinte para que pudessem usufruir do efeito estufa, poluição sonora e congestionamento. DITO E FEITO!

No domingo, dia 23, estava eu indo à casa do meu namorado (de novo), desta vez apressadérrima, pois estava atrasada. E quando fui TENTAR atravessar a rua: CARROS, CARROS E MAIS CARROS! Por onde eu olhava, ou os carros estavam andando ou estacionados, porém prontos para dar a partida. Incrível! E tudo isso em pleno domingo, o único dia da semana do qual, religiosamente, foi dedicado ao descanso.

Agora eu penso. De nada adiantou fazer UM dia mundial sem carro, sabendo que grande número da poluição atmosférica causada pelos veículos estará presente durante os outros 364 dias.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sonhodelos

Quando criança, como qualquer pivete, eu tinha meus sonho. Eram diferentes, malucos e insanos, mas ainda assim eram sonhos.






Eu comecei cedo a ajudar minha mãe com a casa e adorava lavar a louça. Uma vez criei um elo tão forte com a pia lá de casa que disse, determinada, para minha mãe: "Quando eu crescer eu quero ser empregada doméstica!" E minha mãe olhou bem para a minha cara: "Por quê?" "Porque eu quero lavar louça para as pessoas".


Os anos foram se passando e numa fase da minha vida, meu sonho era usar gesso, andar de muletas, andar de cadeira de rodas, usar óculos, tomar soro e botar aparelho nos dentes. Só não realizei o de botar aparelho... E embora eu tenha entrado em êxtase por andar de cadeiras de rodas, eu considero um sonho realizado, mesmo que tenha sido por míseros trinta minutos.(espero não precisar eternamente)




No Ensino Fundamental, em minha primeira aula de ciências da 5ª série, estudei sobre os nove planetas, na época em que o Plutão ainda era considerado um planeta, (mal sabia ele que seria excluído pelo seu tamanho, coitado!) e de tanto fascínio meu sonho era ser professora de Ciências. Dois anos depois a mesma professora que me abriu portas para meu MAIOR SONHO, as fechou quando se revelou carrasca com Matemática. Tudo bem, esses dias eu encontrei com ela na cidade e ela demorou horas, mas me reconheceu e me chamou pelo nome. Diziam que ela era louca!






Outra coisa também que me veio à memória foi um projeto arquitetônico que tivemos de fazer para a escola. Primeiramente os professores nos pediram para fazer a planta da escola. Eles nos deram a planta pequena com as medidas e nos pediram para ampliá-la e fazer num imenso papel quadriculado. Fizemos. Na semana seguinte vieram com a BOMBA! "Agora desta planta vocês farão, em grupo, a maquete da escola". Para muitos a bomba era fazer a maquete, para mim a bomba foi a entonação da qual a professora havia dado no aposto "em grupo". Sim, quando pequena eu era muito egoísta e odiava trabalhos em grupo, pelo meu perfeccionismo eu sempre achava que as pessoas atrapalhavam minha concentração e meu trabalho jamais fluiría de maneira alguma. Mas voltando... Mudei meus planos e comecei a voltar meus olhos para Arquitetura. E além da planta de escola fiz plantas das minhas futuras casas. Ficavam boas.

Qualquer coisa que acontecia em minha vida e eu achava extraordinário eu me dedicava ao máximo para poder, um dia, obter lucros com tal coisa.




E para finalizar, não posso deixarde ressaltar sobre a empresa que eu minha irmã montamos quando eramos crianças, comércio de barquinhos de papel. Ficávamos todas as noites na frente de casa com um monte de barquinhos de papel em cima do muro para vender. Vendíamos todos por R$0,30. Uma vez uma mulher, que parecia já ter fumado todas, passou lá na frente, olhou para nossa cara e perguntou o que estávamos fazendo, dissemos que estávamos vendendo barquinhos de papel. E não é que a doida comprou? E ainda tínhamos que voltar R$0,20, porque ela tinha nos pagado com uma moeda de cinquenta centavos. A empresa durou uma semana, até que um dia nosso pai nos falou: "Por que vocês não fazem uma coisa? Vão vender seus barquinhos no sábado de manhã". E foi isso que fizemos, vendíamos barquinhos toda manhã aos sábados. O mais interessante é que conseguíamos vender todos, afinal de contas, passamos a VENDER barquinhos de papel GRÁTIS!

1ª Lei de Newton

"Valorizo meu casulo. Mas se um dia as células humanas forem resistentes a fome, a sede e a todo o luxo de acessórios ou qualquer tipo de segunda pele, poderia livremente viver na inércia, dentro de uma carapaça."

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ô, Seu Túlio!

Há 2 anos, eu estava cursando meu último ano do Ensino Médio. Lembro que nesta época estávamos com um projeto bacana sobre os 60 anos da Segunda Guerra Mundial. A correria era boa, mesmo porque o assunto me interessava, a História num contexto geral me interessa. Fiquei incumbida de apresentar a maquete de Auschwitz e falar para a escola e visitantes sobre a mesma, tudo isso com o símbolo da Suástica no braço direito.

Na verdade, eu tenho que admitir que no decorrer do projeto eu passei a maior parte do tempo estudando sobre o assunto, consequentemente acabei não ajudando muito na parte visual. Para me redimir, resolvi dar algumas gotas do meu sangue. Queria inovar o projeto. Então pensei em levar até a escola alguém que já tivesse participado da tal Guerra, mas quem? Enfim uma luz se acendeu! Minha mãe em uma de suas conversas cotidianas recebeu a notícia de que havia um senhor que possuía um escritório próximo à minha casa. Ele havia participado da Segunda Guerra e poderia me ajudar.

Agendei um dia, um horário e fomos lá falar com aquele senhor. A recepcionista nos recebeu com um sorriso de orelha a orelha, talvez fosse algo falso, mesmo porque, onde ela sentava batia um sol do caramba! Mas isso não vem ao caso agora. O que importa é que aquela mulher sorridente - Magda o nome dela, lembrei - nos levou até o fundo do corredor onde se situava a sala de Túlio Carvalho Campello de Souza.

Atrás de uma mesa gigantesca cheia de papéis e documentos importantes, além de seu Túlio, havia uma estante enorme cheia de livros e alguns acessórios, como bibelôs, porta-retrato e diversos outros "porta-não-sei-o-quês". Um lugar um tanto aconchegante, iluminado. Vale lembrar que na parede também havia diversos quadros com fotos antigas, dele mesmo, a maioria antiga.

Eu comecei falando sobre nosso projeto, todo o contexto, o que já estava em andamento e o que ainda faltava. Ele me explicou em detalhes sua participação no Holocausto e eu fiquei perplexa. Afinal de contas, as 500 páginas de um livro de História são insuficientes quando o que se quer é detalhes.

Seu Túlio havia me dado uns documentos interessantes sobre aquela Guerra, coisas que ninguém tem interesse em saber como: os nomes dos aviões dos presidentes. Alguns dias depois, em nosso segundo encontro, minha mãe e eu levamos um presente a ele, eu tirei uma foto e o convidei para dar uma palestra lá na escola. Ele aceito.

A palestra foi um espetáculo, o agradeci, todos ficaram muito felizes, inclusive ele. Achei que aquilo era algo inovador e fiquei lisonjeada pelo sucesso.

O tempo se passou, e eu fiquei de dar a ele a foto da qual eu havia tirado. Desta maneira, hoje, eu fui visitá-lo em sua residência - óbvio, com a foto e uma pequena dedicatória no verso - e conversamos sobre o dia da palestra, sobre História, Geopolítica e ele me contou coisas engraçadas e um tanto tristes de sua participação naquele trágico massacre.

Descobri que o Google não é tão eficiente. Bem, foi um dia diferente, legal, divertido, uma excelente nostalgia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

"Renan Collor Cardoso Calheiros"

Ontem, 12 de setembro, ocorreu a votação que decidira o futuro de Renan Calheiros. De acordo com o colunista do Bom Dia Brasil, Alexandre Garcia, se no plenário havia 81 senadores, a votação resultaria num "quase" empate, pois o voto decisivo seria do próprio Renan. Entretanto, o Sr. Calheiros foi absolvido por 40 x 35. Onde estavam os outros na hora H? Talvez estivessem em cima do muro, todavia poderiam fazer com que o mandato do Senador fosse caçado.

O Presidente do Senado saiu calado do plenário, não deu entrevista, porém balbuciou uma bela frase: "Vou para casa rezar". Isso me trouxe à memória a extrema devoção que Renan tem pelo Círio de Nazaré, podemos perceber uma imensa pureza deste pobre rapaz em seu ressalto: "O Círio apaga as diferenças, junta o rico e o pobre, o que tem instrução e o analfabeto, aproxima os desiguais e torna visível e palpável a comunidade que nos une a todos. O exemplo de fé ao mesmo tempo emociona e vivifica". Uma ironia, não acha?

Agora a pouco, estava eu vagando pela internet e, por curiosidade, entrei no site do Senado e encontrei assuntos interessantes sobre o absolvido. E um link lastimável foi evidenciado em meu humilde monitor e eu não puder deixar isso passar, CLARO! E dizia assim: Renan recebe mensagens de solidariedade. Tão lindo!

Dá-lhe Caetano quando diz que corrupção no Brasil é endêmica, e não é?

Só para finalizar...

Calheiros disse: "Que Nossa Senhora de Nazaré nos abençoe a todos."
E Jesus respondeu: "Ó, Pai! Perdoe-no, ele não sabe o que faz!"

AMÉM!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

BOMBA!

Olha só!

Há 6 anos, o orgulho dos EUA foi ferido pelo maior ataque terrorista. E ontem, 11 de setembro, milhares de pessoas foram aos vestígios do que um dia fora World Trade Center.

Perante projetos arquitetônicos, de um terreno morto, nascerão três arranha-céus entre 250 e 550 metros. Quem sabe torres gêmeas dão azar, né?!

Entretanto, visando este trágico momento, o titio bin Laben foi caridoso o bastante e fez uma oração em árabe em homenagem ao Walid al-Shehri, um dos terroristas que descobriu que a energia potencial elástica não atua quando um avião vai de encontro a um prédio. Talvez este fosse o intuito, entendam-no!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

"O Brasil Acordou!"

Cá estou eu, trancafiada dentro de um quarto ouvindo Arnaldo Antunes, após ter ouvido um mesclado de Chico Buarque e Raul Seixas em uma fita cassete que achei lá no fundo de casa enquanto fuçava naquela bagunça. Queria eu ter nascido em 1956. Nasceria junto com as empresas automobilísticas no Brasil, teria minha infância junto com a construção de Brasília.

Nos meus momentos de tédio, eu ligaria aquela minha TV preta e branca e, lá pelos meus 14 anos, eu estaria assistindo as coisas boas da Globo, pelo menos é isso que dizia seu slogan "O que é bom está na Globo". Também tricotaria com as amigas através da Baquelita, um telefone da época.

Claro que o lado negativo disso é o fato eu ter de conviver com a ditadura durante toda a minha adolescência e uma parte da minha vida adulta. Mas se eu não tivesse nascido nos anos dourados, não teria adquirido um certo grau cultural um tanto elevado. Independente de ditadura ou não, em 1979 eu me formaria em arquitetura pela faculdade de Belas Artes em São Paulo, a mesma de Oscar Niemeyer.

Bem, durante a faculdade eu encontraria algumas paixões, mas seriam relacionamentos passageiros, nada tão sério, mesmo porque, na época eu não teria maturidade o bastante para constituir uma família. Imagina! Mas quem sabe eu não resistisse a alguém...

Se eu não resistisse a alguém, com 24 anos eu me casaria e teria uma filha, Melissa. Talvez esse fosse o pedido do meu, então, marido. Ensinariamos a ela as coisas boas, falaríamos sobre tabus, mesmo porque, eu e meu marido não teríamos tanto pudor, visando o bom sentido, ÓBVIO!

Nos anos 90 iria para a Itália fazer meu curso de Design de Produto. Abriria minha própria loja de móveis e seria bem-sucedida. Espero eu.

Enfim, hoje em dia estaria dando aulas de História em qualquer faculdade. Apesar de tantos acontecimentos catastróficos e interessantes, nascer nos anos dourados não seria tão ruim. Certamente viveria a verdadeira cultura, a verdadeira essência do Brasil, uma época em que caras-pintadas eram motivos de Impeachment.

Juscelino Kubitschek que me perdoe, mas nos dias de hoje eu digo: "O Brasil voltou a dormir!"