quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Uma Retrospectiva

Algumas das obras que serão expostas do próximo dia 10 até 3 de fevereiro.




Water Piece




Endangered Species



Endangered Species


Endangered Species


Weight Objects - Key


Weight Objects - Gun


Blood Objects - Table Setting



Wish Tree



My Mummy Was Beautiful


Morning Beams and Riverbed


Half-A-Room


Ex It


Amaze - Plexiglass




Ceiling Painting




Dentre todas as obras, eu fiz questão de ressaltar a imagem desta última, porque na minha opinião é a mais especial, afinal de contas, de acordo com o próprio John Lennon, é a obra da qual conquistou o seu amável coração, quando o espectador deveria subir a escada para poder ler através de uma lupa o que estava escrito lá no alto. E Lennon ficou satisfeito e estimulado ao ver que, lá em cima, estava escrita a palavra "sim", e nada mais.





Muito profundo!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A Artista Desconhecida...

...mais famosa do mundo!







Assim era chamada Yoko Ono pelo adorável, memorável e outros "áveis", John Lennon.





A viúva do ex-Beatle veio à São Paulo para a abertura de "Uma Retrospectiva", da qual fará uma espécie de linha do tempo das produções nos seus últimos 50 anos.

















Hoje, em coletiva com CCBB-SP, Yoko não quis divulgar muito sobre sua performance "Uma Noite com Yoko", que fará amanhã com o sambista Osvaldinho da Cuíca no Teatro Municipal, e ainda disse com todas as letras que "se eu pudesse explicar minhas performances, não teria que fazê-las". Pasmei!







A Sra. Lennon estava mesmo com vontade de vir à São Paulo com a exposição a fim de "ver o que tantos japoneses fazem por aqui".







Yoko é bastante conhecida pelas suas artes mirabolantes e anticomerciais, por esse motivo que é rara suas produções aparecerem em museus. E seu senso de humor perante a arte não era bem visto nos anos 50, mesmo porque, naquele tempo a arte era coisa séria.







E aproveitando o embalo, gostaria de admitir meu gosto por ela, obrigada!














YOKO ONO: UMA RETROSPECTIVA






Quando: abertura 10/11 para convidados, de 11/11 a 03/02/2008, terça a domingo, das 9h às 20h

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, São Paulo)

Quanto: grátis

Sete Minutos

Hoje à tarde estava me lembrando da minha época de cursinho, quando eu sempre voltava de bicicleta com um grande amigo meu, o Neto. Voltávamos comentando sobre algumas manias bizarras de alguns professores, ou sobre aquela reportagem bem bacana da revista Superinteressante da qual contava como seriam as casas do futuro. Uma vez ele voltou contando sobre as suas aulas de teatro que ele fazia na escola. (droga! Maldita hora que eu fui escolher vídeo...) O Neto, entrou num assunto que nos instigou de tal maneira que ficamos alí na frente de casa conversando durante horas.

Então ele largou a bicicleta e a mochila na calçada, e sentamos debaixo da árvore e começamos a discutir sobre uma das peças escritas por Antonio Fagundes: Sete Segundos. Sim, essa peça é bem antiga, porém ainda remete aos dias de hoje, mesmo porque, quem aguenta ficar mais de sete minutos concentrado em um só programa? Por isso a TV nos empanturra de propagandas.



Na peça, Antonio Fagundes (ator/autor) protestou contra a mudança radical que o teatro obteve ao longo dos anos, o que o deixou atomizado. Vejamos, um bloco da sua imperdóvel novela dura em média sete minutos, um bloco do telejornal dura em média sete minutos. A platéia começa a ter comichões depois dos primeiros sete minutos de um filme no cinema, um teatro ou até mesmo um DVD. Parece até que eles anseiam pelos "reclames do plim! plim!" quando os sintomas da impaciência aguda começam a aparecer, e são eles:

- Tosses incontroláveis;
- Bocejos contínuos;
- Batuques com as pontas dos dedos do braço da poltrona;
- Pernas que balançam involuntariamente;
- Cochichos fora de hora;
- Sem contar nos vagalumes tecnológicos. (relógios, celulares, bips, palm-tops e blá blá blá...)


Não, não podemos ter fazer uma conclusão precipitada de que TODAS as pessoas são mal-educadas por essas atitudes (em partes sim). Visando os dias atuais, uma pessoa normal pode se considerar muito bem informada depois de passar os olhos por uma notícia. A tecnologia faz com que todas as coisas girem numa velocidade absurdamente alta, desta maneira, por que razão pararíamos um instante para pensar?

Bem, a conversa nos deixou tão entretidos durou mais de sete minutos. Claro, com algumas dormências musculares, mas nada que nos interrompesse. Ah! Saudade dos tempos de cursinho...