quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pais separados

Tenha apreço por famílias estruturadas, amo aqueles pais que fofos que dormem juntos até a velhice, onde às vezes o pai cede, às vezes a mãe cede. Quando discutem são por coisas bobas e três vezes por semana sem uma frequência lógica. Aquele tipo de pai e mãe que se chama pelo nome ou criam apelidinhos fofos que os filhos riem, mas que na verdade tem uma drástica besteira por trás de tudo aquilo que só cabe aos dois saberem... Uma brincadeira de adolescente que ficou para a vida toda.

Muitas vezes a filha puxa à mãe e o filho puxa ao pai. Às vezes eu que puxei mais ao meu pai, horas acho que puxei mais à minha mãe. Mas tem horas que eu me sinto Carolina Cruz, aquela que captou pequenas características de todas as pessoas que a rodeia ou que observa na TV, na internet, nas ruas ou aquele cara que sentou ao seu lado naquele ônibus turbulento às sete horas da manhã do meio de uma semana.

Hoje em dia eu tenho tido muito contato com pessoas com seus pais separados. Tem gente que não gosta da madrasta, tem gente que não gosta do padrasto, tem gente que não está nem aí e tem gente que adora a situação atual. Eu adoro a situação atual, mesmo não sabendo que pé está. Sinceramente... Eu me desliguei. Eu quero muito namorar meu futuro marido e me casar com meu antigo namorado.

Eu quero ter aquela vida estruturada com aquelas discussões bobas que terminam quando o lado errado nos vem com uma bebidinha que a gente gosta como um pedido de desculpa singelo. Eu quero aquela vida estruturada onde cada um cede aleatoriamente para que conflitos sejam abafados, sem nenhum jogar nada cara do outro o que foi deixado para trás. Sempre haverá outras oportunidades e se não houver, curta o que tem para hoje, saiba que ninguém está em uma situação por acaso. Eu quero aquela vida estruturada de deitar bonitinha junto com aquela pessoa que lhe disse sim e assistir a um longo filme e quando dormir ele apagar a luz e dormir do seu lado. Eu quero aquela vidinha estruturada onde os olhares são decifráveis e o diálogo flui num profundo silêncio. Eu quero isso.

Um comentário:

Endiara Cruz disse...

tâmén quéééluuuu