sábado, 18 de junho de 2011

Koyaanisqatsi


Na língua Hopi, Koyaanisqatsi significa: "vida maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida se desintegrando, um estado de vida que pede uma outra maneira de se viver".

Ontem dois amigos vieram em casa para assistirmos a alguns filmes. Eram quatro, mas assistimos apenas dois. As alternativas eram Taking Woodstock (lisérgico), Muita Calma Nessa Hora (aquele que tem o Adnet), Koyaanisqatsi (cabeção) e aquele de animação bonitinho, mas que eu não me recordo o nome. Enfim, assistimos Taking Woodstock, ÓBVIO! E para abaixar o ar nostálgico e irreverente do filme anterior fomos para o Koyaanisqatisi. Sim, o cabeção.

E é deste último que eu quero comentar. Imagina um filme sem fala ou narração de quase uma hora e meia que faz todo espectador se calar e se compenetrar a tal ponto que ele entra em sintonia com o enredo. Imaginou? Que bom, porque eu jamais conseguiria imaginar este fato sem antes ter esta experiência.

A direção de Godfrey Reggio e a trilha de Philip Glass trazem uma ar sinestésico ao filme. Sim! Se você não desprende os olhos da tv, em um dado momento você se sente parte do filme e a sinestesia acontece quando você começa a ver a música e sentir a imagem. É perfeito! Além da reflexão que cada indivíduo tem sobre as sequências. Reggio soube apresentar uma perspectiva da mecânica do cotidiano e a influência da tecnologia na sociedade através de detalhes relevantes e que estão ao nosso redor, mas nós deixamos passar batido pelo vício do dia-a-dia.

E neste filme vocês descobre que apesar de amigos e familiares e pessoas das quais nos socializamos tenham uma sintonia psicológica, que influenciam ou sejam influenciadas por nós, realmente não dá para saber o que se passa na cabeça de cada um. Sim! Ontem, naquele confortável e acomodado sofá de uma sala escura e uma fonte que brilhava colorido ao lado de fora, estavam três pessoas enxergando as mesmas imagens e ouvindo as mesmas músicas, mas que ao final o Koyaanisqatsi gerou àqueles seres perspectivas diferentes. Surreal!

É possível assistir pela internet, abaixo segue o filme, mas eu recomendo que assistam ao documentário em DVD com uma tv grande e uma sala escura.

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